Constam dos resultados de pesquisas eleitorais que Marcelo Crivella está na frente para a corrida ao Senado, pelo Estado do Rio de Janeiro.
Justo o Rio de Janeiro que foi o único estado brasileiro que, durante a ditadura, apesar das eleições serem indiretas, escolhia como governador um político da oposição. Justo o Rio de Janeiro, que foi Capital do Império e depois da República por alguns séculos. e transpirava cultura, politização e um frescor de vida metropolitana, capaz de absover pensamentos novos e idealizadores de mudanças culturais, sociais e políticas.
Eu não posso lá falar muita coisa, pois a Capital Paulista, logo após iniciaram-se as eleições nas capitais brasileiras, elegeu Jânio Quadros para prefeito, como primeiro grande evento democrático de sufrágio, após o periodo da ditadura militar.
Porém, além de todos males que assolam a Cidade Maravilhosa, e o grande estado fluminense, como a violência urbana, pobreza e a desordenada situação da vida nas "comunidades" (no meu tempo chamava de favela mesmo) controladas pelo tráfico de drogas, temos também que conviver com a presença de Crivella na política daquele estado e no próprio Senado Federal.
Ele é homofóbico, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (o que para mim já conta como pontos negativos), parlamentar dos mais conservadores, que compõe a bancada evangélica e emperra todos os grandes projetos de interesse de mulheres e de gays.
Pior ainda é o apoio que ele recebe do Luiz Inácio. Isto é que mata eleitores de Lula. Em nome da governabilidade são feitos acordos dos piores. Tá certo que FHC e outros tucanos nunca foram seletivos na hora fazer seus acordos também, mas eu não voto em FHC nem em tucanos. Eu voto no Lula, e estes apoios e acordos me derrubam.
Seguem abaixo três pequenos vídeos que valem a pena ser assistidos. O primeiro é de uma entrevista que Crivella dá para Jô Soares, e se atrapalha todo na hora de defender sua homofobia. É bom e vale a pena ver a sua falta de conteúdo para ser homofóbico. Pelo menos competência o cara deveria ter para ser defensor da homofobia, não é não? Nem isto ele tem.
A segunda é uma gravação que o chato do Jabor critica a ação do Crivella no episódio em que soldados do Exército entregaram jovens de uma comunidade para uma gangue rival, no morro da Providência. A partir do momento que Jabor começa a criticar o governo federal, o vídeo perde o interesse, pois já é a sua babação habitual, monocórdica e monotemática.
Estou usando aqui o Jabor como escada para dar pau no Crivella, mas o cara é ruinzinho também no pseudo colunismo e jornalismo. Este arremedo de Paulo Francis merece uma aposentadoria. Mas isto é outra história.