segunda-feira, 21 de março de 2011

Igreja Católica cadastra vítimas de pedofilia na Alemanha

Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!

Saiu publicado em vários lugares, inclusive no site da Veja, abaixo reproduzido,  (clique aqui para ler a matéria), notícia sobre a Igreja Católica na Alemanha, que indenizará vítimas de abusos sexuais praticados por padres. Toda a minha formação deu-se em colegio de padres e freiras. Durante a adolescência e juventude participei de grupos de comunidades e até o início da militância política, esta também ocorreu através de grupos ligados à Teologia da Libertação.

Criticar a Igreja é também criticar a minha história e minhas convicções religiosas. Porém, eu não abro mão da coerência e da verdade na condução da minha vida. Espero um dia poder ver a Igreja Católica reconher as uniões entre pessoas do mesmo sexo, e respeitá-las.

Por enquanto, fico a denunciar as violaçõe de direitos humanos patrocinadas e institucionalizadas por esta instituição.

Indenizações chegam a 5.000 euros, apenas 1.500 a mais que um salário médio


A Igreja Católica começa a receber nesta quinta-feira, na Alemanha, pedidos de reparação por parte de vítimas de abusos sexuais quando crianças. As indenizações pelos crimes cometidos por membros do clero chegarão a 5.000 euros (11.500 reais) por pessoa. A Igreja se oferece a pagar também 50 sessões de terapia individual ou 25 de terapia de casais e criou um fundo de prevenção à pedofilia no valor de 1,15 bilhão de reais.

Possíveis beneficiários, porém, consideraram as ofertas uma ofensa - acham os valores baixos demais. O valor oferecido como indenização pela igreja católica supera em apenas 1.500 euros o valor do salário médio na Alemanha. Para representantes da organização Eckiger Tisch, que reúne vítimas de abusos cometidos em instituições jesuítas, compensar com um mês de salário danos que duram uma vida é uma proposta "desonesta".

As medidas colocam em prática as decisões tomadas na semana passada pelas Confederações dos Bispos e das Ordens Religiosas da Alemanha frente à lentidão do grupo de trabalho do governo em chegar a um acordo sobre o assunto. O principal foco das compensações são os casos que já não podem ser julgados pela Justiça porque já estão prescritos.

O grupo de trabalho, formado em março do ano passado, é composto por representantes de três ministérios alemães que, com membros da Igreja e de entidades civis, buscam maneiras de prevenir casos de pedofilia e compensar suas vítimas. Seus debates incluem abusos dentro ou fora do âmbito religioso.