segunda-feira, 20 de junho de 2011

Atenção policiais militares cristãos: tem que trabalhar para garantir seus empregos públicos.

Ai papai do céu, me ajude!

Assim não dá não. Aparece um cara intitulando-se policial militar cristão, o que é uma imbecilidade, e repudia a convocação feita pelo Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, para que os policiais façam a segurança na Parada do Orgulho Gay no Rio de Janeiro. Policial militar é policial militar e ponto. Não existe policial militar cristão. Existe policial militar, servidor público de um estado laico. Cristão, macumbeiro, angnóstico, budista as pessoas são na sua vida particular, pessoal.

E este servidor público se acha no direito de se negar a cumprir a ordem do governador. Isto é tosco, baixo e vil. Daqui há pouco alguém aparece por aí dizendo que por razões de fé não deve trabalhar 8 horas por dia, e invoca o preceito da liberdade religiosa. Este daqui do vídeo abaixo acha que não deve fazer segurança na Parada do Orgulho Gay por que "a Bíblia é contra a homossexualidade". A Bíblia não fala nada disso, esta é uma invenção das igrejas fundamentalistas e de intérpretes equivocados.

Eu já ando meio sem paciência com a imbecilidade e o baixo nível que o fundamentalismo religioso tem provocado no Brasil. Estes caras estão provocando uma guerra baseada na intolerância, e usando o nome de Deus em vão.

Vejam o caso concreto. O cara é servidor público, o que significa que ele trabalha para um estado laico, na área de segurança. E por que a sua profissão de fé não lhe permite ser democrático nem respeitar o direito de LGBTs, ele acha que ele pode querer trazer para dentro do quartel as suas convicções de fé. E quem paga o salarinho dele no final do mês são todos os cidadãos, inclusive os gays que ele repudia. Mas ele aceita o salário na boa e não faz restrição nesta hora. Espertinho este militar cristão, não é?

Gente como ele tem é que ser demitida a bem do serviço público. Estão atentando contra o estado laico e contra a hierarquia funcional no serviço público.

Rua! Vamos... rua! Vai trabalhar de segurança privada na Igreja. O serviço público não admite este tipo de atitude.