terça-feira, 9 de agosto de 2011

Grande empresário varejista e auditor fiscal da receita federal são condenados por corrupção.

A notícia abaixo informa que o juiz da 9a. Vara Criminal Federal de São Paulo condenou a 3 anos e 4 meses de reclusão por corrupção ativa o empresário Ricardo Nunes, sócio da Ricardo Eletro,  segunda maior rede de varejo do país, atrás apenas do Grupo Pão de Açúcar. Junto com Ricardo foi também condenado a 4 anos de prisão o auditor fiscal da receita federal Einar de Albuquerque Pismel Junior, por corrupção passiva. Pismel Junior foi preso em flagrante deixando a sede da Ricardo Eletro na capital paulista com R$ 50 mil e US$ 4 mil em espécie em setembro de 2010 e ainda continua preso. Além disso, na casa do auditor fiscal foram encontrados R$ 109 mil, US$ 47.600 e EUR $ 110 mil, além de uma máquina de contar dinheiro. Ricardo Nunes não está preso.


Valor Econômico


Empresário e auditor são condenados por corrupção –
Cristine Prestes

O empresário Ricardo Nunes, sócio da Ricardo Eletro, foi condenado em primeira instância a três anos e quatro meses de reclusão por corrupção ativa. Ele foi acusado de ter pago propina a um auditor da Receita Federal do Brasil em São Paulo. O auditor, Einar de Albuquerque Pismel Júnior, foi condenado a quatro anos de prisão e está preso desde setembro do ano passado, quando foi pego em flagrante deixando a sede da Ricardo Eletro na capital paulista com R$ 50 mil e US$ 4 mil em espécie. Nunes e Albuquerque já recorreram da sentença ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. – O processo contra o empresário e o auditor foi aberto na Justiça a pedido do Ministério Público Federal, que denunciou ambos por crime de corrupção ativa e corrupção passiva, respectivamente. De acordo com a sentença do juiz Hélio Egydio Nogueira, da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Albuquerque e outros auditores fiscais lotados em São Paulo já vinham sendo investigados pela corregedoria da Receita diante de indícios de patrimônio incompatível com salários. – A partir da interceptação telefônica de Albuquerque, a polícia identificou contato entre ele e Nunes, no qual teriam combinado a entrega de documentos na sede da empresa em São Paulo. Em uma busca e apreensão na casa do auditor, foram encontrados R$ 109 mil, US$ 47.600 e EUR $ 110 mil, além de uma máquina de contar dinheiro. A defesa de Nunes afirma que o empresário vinha sendo extorquido, pressionado a dar dinheiro ao auditor sem obter qualquer vantagem concreta, e que por isso não há um fato que configure crime de corrupção ativa. – Com 260 filiais em nove Estados, a Ricardo Eletro uniu-se à baiana Insinuante no ano passado e ambas formaram a Máquina de Vendas, hoje a segunda maior rede de varejo do país, atrás apenas do Grupo Pão de Açúcar.