quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Na Suécia, o casamento gay é celebrado até pela Igreja Luterana. Parada Gay de Estocolmo foi um sucesso.

Na semana retrasada foi realizada a Parada do Orgulho Gay de Estocolmo, a capital da Suécia. O jornalista e escritor Roldão Arruda (foto ao lado) foi convidado pelo governo sueco a participar dos eventos da semana da diversidade, juntamente com outros jornalistas internacionais. Estes convites são feitos a profissionais especializados em Direitos Humanos, e visam dar publicidade ao tratamento que o país dispensa para as questões referentes aos direitos de gays, lésbicas, bisexuais, travestis e trangeneros.

Um pequeno relato da viagem de Roldão foi publicado no caderno "Aliás" da edição dominical do jornal O Estado de São Paulo, neste domingo, 08.08.2010. O que de início chama a atenção foi sua afirmação de que "quanto mais profunda a cultura democrática, maior a exigência de que o Estado trate os cidadãos de maneira igual."

A Suécia foi descrita como "o país mais democrático do mundo, segundo ranking construído pela respeitada revista britânica The Economist a partir de cinco critérios básicos: o processo eleitoral e o pluralismo, as liberdades civis, o funcionamento do governo e a participação e a cultura política."

Outra importante notícia trazida na matéria foi a de que a Igreja Luterana da Suécia, a de maior abrangência no país, agregando 77% do total de pessoas filiadas a alguma religião, também começou a realizar casamentos religiosos entre pessoas do mesmo sexo. Segundo declarou a bispa luterana Eva Brunne (foto ao lado) a Roldão Arruda: "Não se pode ler a Bíblia hoje com os mesmos olhos e os mesmos conceitos de 2 mil anos atrás". A bispa é lésbica e casou recentemente.

A matéria do "Aliás"  também destaca que "os suecos discutem e tratam a questão dos gays e de outros grupos sociais sob o foco dos direitos civis."
No desfile da abertura da parada, havia vários grupos representando os diversos setores da sociedade. Entre os mais aplaudidos estavam os blocos das Forças Armadas suecas e o da polícia. O grupo mais festejado da parada foi o dos pais que manifestam orgulho dos filhos gays.

O jornalista encerrou a matéria com certa ironia, afirmando que "nada indica que essas mudanças estejam ameaçando a ordem, o parlamentarismo ou as tradições. A família real continua firme e sem nenhum poder em seu palácio residencial nos arredores da capital. A Fundação Nobel escolhe e premia anualmente as melhores cabeças do planeta. Os casais heterossexuais procriam normalmente, até num ritmo maior que de seus vizinhos: a taxa de fertilidade sueca é das mais altas da Europa."

Ou seja, a Suécia não vai acabar por que os direitos dos LGBT são respeitados.

Clique aqui para o  inteiro teor da matéria do caderno "Alias".


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