domingo, 25 de março de 2012

Ação de pessoas que construiram instituições economicas inclusivas.

Foi publicada na coluna de Elio Gaspari deste domingo, 25.03.2012 uma nota com o título Para o ego de Lula sobre o trecho do livro "Por que Nações fracassaram - As origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza" que declara que a ascenção do Brasil desde os anos 70 foi arquitetada por grupos de pessoas que construíram instituições economicas inclusivas. Deixa claro também que esta ascenção não foi arquitetada por economistas de instituições internacionais que ensinaram os governantes a evitar as falhas do mercado nem tampouco por injeções de ajuda externa.

A Bolsa Família e o programa Minha Casa Minha Vida  são dois bons exemplos, quer gostem ou não gostem. Aliás, já falamos sobre este assunto em duas oportunidades neste blog, Clique aqui para ver uma postagem sobre os índices que revelam as mudanças do padrão de vida do povo brasileiro.

Há também uma outra postagem que fala sobre como Lula será lembrado no futuro. Ele foi equiparado a um Nelson Mandela Tupiniquim. Clique aqui.

Eis a nota:  
Jornalista e escritor Elio Gaspari
PARA O EGO DE LULA
Algum companheiro poderia traduzir para Lula trechos do livro "Why Nations Fail" (Por que Nações Fracassam - As Origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza", dos economistas Daron Acemoglu (MIT) e James Robinson (Harvard).
Ele acaba de sair nos Estados Unidos, com o e-book a US$ 14,99, elogiado por Steven Lewitt ("Freakonomics") e Jared Diamond ("Armas, Germes e Aço"), além de cinco economistas laureados com o Nobel.
Acemoglu e Robinson procuram mostrar porque alguns países vão para a frente e outros para trás. Os trechos que podem interessar a Lula terão um efeito sobre sua alma capaz de reduzir o sofrimento de várias sessões de quimio e radioterapia. Seriam um bálsamo também para o ego de Fernando Henrique Cardoso, mas ele jamais precisou disso. Eles servirão também para petistas que acreditam ter tirado o país do inferno e tucanos certos de que a ele se está retornando. Um trecho:
"A ascensão do Brasil desde os anos 70 não foi arquitetada por economistas de instituições internacionais que ensinaram aos seus governantes as melhores políticas para evitar as falhas do mercado. Também não foi conseguida com injeções de ajuda externa. Ela resultou a ação de grupos de pessoas que, corajosamente, construíram instituições econômicas inclusivas. A transformação brasileira, como a da Inglaterra no século 17, começou com a criação de instituições políticas inclusivas. (...) No Brasil, ao contrário da Inglaterra do século 17 e da França do final do 18, não foi uma revolução que disparou a transformação das instituições políticas".

5 comentários:

matosfelix@yahoo.com.br disse...

Pesquisando sobre medidas econômica inclusivas, para melhor entender o texto de domingo, deparei-me com o seu retrato Leio suas crônicas há anos e admiro o seu trabalho ,a sua imparcialidade
Concordo que o Bolsa-Família e o PAC mexam com a economia ,mas eles também apresentam um lado cruel O PAC alimenta a corrupção com as obras superfaturadas e o Bolsa-Família a desigualdade social, pois famílias fazem mais filhos para manter o benefício Os doutores de Harvard não previram uma revolução nessa área? O que acontecerá quando a corrupção inviabilizar certos projetos sociais ?

Eduardo Piza disse...

Caro matosfelix@yahoo.com.br,

Obrigado pela sua gentil mensagem, e esclareço que instituições economicas inclusivas não tem nada a ver com corrupção. Corrupção a gente resolve com polícia federal, Ministérío Público Federal e Justiça Federal. Nenhum destes órgãos tem relação com ação governamental, instituição economica inclusiva e desenvolvimento do Brasil.
Assim como você, eu também sou contra a corrupção e acho que lugar de corrupto é na cadeia mesmo. Se for servidor público tem também que perder o cargo.
E, por outro lado, para o desenvolvimento do Brasil são necessárias intituições inclusivas. Nada de estrangeiro falar em nome do CityBank e querer cagar regra de economia para o Brasil ou os humilhantes empréstimos e supervisões do FMI.

matosfelix@yahoo.com.br disse...

Eduardo,
Obrigada pela resposta
Eu não tinha entendido o que seriam instituições econômicas inclusivas e assim não poderia entender o texto do Elio Gaspari na integra Assim, fui pesquisar no Google e encontrei o trabalho que tinha sido publicado no domingo , dia vinte e cinco de março
Não vou entrar muito num assunto que não domino,mas não acredito que a corrupção seja algo apenas para ser tratado pela justiça Eu me sinto prejudicada quando leio sobre os fatos que regem a nossa política e fico de boca fechada Na realidade, acho que tudo o que se vê não dando certo no Brasil tem um pouco da nossa omissão Você realemnte acredita que o desenvolvimento que presenciamos tem uma base sólida para a sua sustentação? O Brasil será tão grande assim para suportar tanta corrupção? O que disse aquela representante da ONU, Asma Jahagir? Lembras da perplexidade dela quando falou do nosso Poder Judiciário? Tomara que minhas dúvidas estejam erradas
Att Irene Felix Ramalho

Eduardo Piza disse...

Prezada Irene,
Eu tampouco entendo de corrupção para ficar aqui dando opiniões de como solucioná-la, porém enfatizo que ela não pode servir de obstáculo para não se fazer nada em favor da justiça social.

Se fosse assim, seria o mesmo que dizer que o povo brasileiro não sabe votar e por causa disso vamos acabar com as eleições livres. Outro exemplo é dizer que o nordeste tem a industria da seca e todo o dinheiro que vai para lá é desviado e nada é feito para melhorar a região.
São argumentos preconceituosos e em nada colaboram para encontrar uma solução. Somente ajudam a manter o "status quo", quando não partem para outras soluções mentirosas: a solução e ínvestir na educação. Isto é também uma falácia, se for aplicada isoladamente.

Eu creio que na medida que o nível cultural do povo melhora, aumenta a sua capacidade de cobrar mudanças, dentre elas o fim da impunidade, porém não se pode esperar 20 ou 30 anos até que isto aconteça. Algo precisa ser feito agora.

Quanto ao Poder Judiciário, como você mesma tem lido no meu blog, eu sou uma pessoa muito interessada na efetividade de um controle externo.

Não posso negar, como advogado, que tenho notado algumas melhoras no geral, embora não tenhamos ainda atingido um nível razoável. Eu creio que esta melhora, ainda que pequena, seja em razão da própria ação do CNJ. Um abraço.

Eduardo Piza disse...

Prezada Irene,
Eu tampouco entendo de corrupção para ficar aqui dando opiniões de como solucioná-la, porém enfatizo que ela não pode servir de obstáculo para não se fazer nada em favor da justiça social.

Se fosse assim, seria o mesmo que dizer que o povo brasileiro não sabe votar e por causa disso vamos acabar com as eleições livres. Outro exemplo é dizer que o nordeste tem a industria da seca e todo o dinheiro que vai para lá é desviado e nada é feito para melhorar a região.
São argumentos preconceituosos e em nada colaboram para encontrar uma solução. Somente ajudam a manter o "status quo", quando não partem para outras soluções mentirosas: a solução e ínvestir na educação. Isto é também uma falácia, se for aplicada isoladamente.

Eu creio que na medida que o nível cultural do povo melhora, aumenta a sua capacidade de cobrar mudanças, dentre elas o fim da impunidade, porém não se pode esperar 20 ou 30 anos até que isto aconteça. Algo precisa ser feito agora.

Quanto ao Poder Judiciário, como você mesma tem lido no meu blog, eu sou uma pessoa muito interessada na efetividade de um controle externo.

Não posso negar, como advogado, que tenho notado algumas melhoras no geral, embora não tenhamos ainda atingido um nível razoável. Eu creio que esta melhora, ainda que pequena, seja em razão da própria ação do CNJ. Um abraço.